terça-feira, 14 de junho de 2011

porca miséria

Vão praí uns 20 tipos (banqueiros, talvez) em cima dum camelo a atravessar o deserto.

O que vai à cabeça diz para o de trás:

"O camelo já vai f... Passa a palavra."

E a palavra foi passando.

O penúltimo disse para o último:

"O camelo já vai f..."

"Pá, eu sei, mas o que é queres que eu faça? Se não me seguro caio!"




... Onde é que eu já vi este filme?!...

sábado, 4 de junho de 2011

choques e electrocussões

Disseram-me que devia ser tolerante, respeitar a opinião alheia...

... e eu tento, mas a verdade é que não sou tolerante e não respeito minimamente a opinião alheia em relação a certas coisas.

Um tipo, simpatizante de um desses partidos minoritários (que, por lei, não devo agora nomear), que defende a penalização da interrupção voluntária da gravidez, vulgo aborto, disse publicamente que as crianças deviam nascer e se as mães não as quisessem, que as dessem, porque havia muita gente a querer adoptar bebés recém-nascidos.

A esta história, que já não é nova, a bem dizer, juntou-se a que li hoje, que também já tem barbas, infelizmente, sobre um rapaz chinês de 17 anos, que vendeu o rim para poder comprar um iPad2 e, ao que tudo indica, está agora a padecer fortemente das infecções decorrentes de uma cirurgia feita mal e porcamente.

De referir que a venda do rim e a cirurgia foram totalmente ilegais, porque a China já aboliu a compra e venda de órgãos humanos precisamente para evitar, o mais possível, estas situações.

Ora se o mercado negro é uma chaga tão má ou pior que o terrorismo, e é, porquê, no caso do aborto, insistir em incentivar esse mercado?

Não. Não me digam que devo respeitar a opinião de quem diz que o aborto deve ser penalizado e que uma mulher deve deixar nascer o filho e depois dá-lo (e quantas vezes deixá-lo no caixote do lixo de uma qualquer área de serviço à beira da auto estrada), porque isso é que eu considero um desrespeito total pelo ser humano: abandonar uma criança e aconselhar uma mulher a descer tão baixo para o fazer.

Respeito quem, como mulher, não queira abortar e assuma o filho ou quem, como médico, não queira praticar a intervenção cirúrgica, mas não respeito a opinião de quem quer impor o regresso em força do mercado negro ou o tráfico "branco" de bebés.

Já agora e para terminar, sou a favor da penalização de quem tentar vender ou comprar um órgão humano, seja ele qual for e seja dum vivo ou dum cadáver.

Com excepção para o cabelo, vá. Esse pode vender-se. Mas não é couro e cabelo! Só cabelo. (Afinal sempre consigo ser um bocadinho tolerante!)